Quarta-feira, 23 de Novembro de 2005

Discriminação da Igreja Católica

“Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja (essa discriminação) social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, na raça, na cor, na condição social, na língua ou na religião deve ser superada e eliminada, porque contrária ao plano de Deus.”



Pensava eu e muitos de nós que esta era a ideia esclarecida e inteligente da Igreja Católica. Enganei-me eu, enganai-vos vós pois hoje tivemos conhecimento da posição oficial da mesma Igreja sobre o acesso dos homossexuais aos seminários.
Quando ouvi a notícia não queria acreditar, pensei mesmo estar a despertar de um sonho medieval mas não, é a realidade e logo comentada e aplaudida por muitos que, ligados à Igreja Católica, eu julgava, pessoas esclarecidas.
Que fique assente que não me cabe, nem é essa a minha intenção, defender tal comportamento sexual, mas defendo a República laica, a democracia e o respeito pelos direitos fundamentais do Homem e a nossa Constituição.
Desde criança que sempre ouvi falar de que, aos párocos, era vedada qualquer prática sexual e que o celibato era um dever e um dom maior.
Ora sempre se soube de eclesiásticos que não o cumpriram (cumprem?) e sempre se assistiu a alguns que desrespeitaram profundamente as uniões que sacralizavam, as crianças que abençoavam, os valores que apregoavam. Não se compreende contudo que seja diferente qualquer destas práticas em relação ao sexo feminino ou masculino.
Se um padre não pode ter relações com outro homem pode ter com uma mulher?
Esta norma eclesiástica encerra em si mesma uma contradição profunda e um sentido que ronda o lado suástico de aperfeiçoamento de uma raça em que cada vez menos acreditam. Porquê?
publicado por politicar às 21:34
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Quarta-feira, 16 de Novembro de 2005

"Trabalho importante na função pública"

Primeiro a anedota publicada na "Dica da Semana" (Publicação periódica da cadeia LIDL)

Num determinado departamento existiam quatro funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém. Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria. Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez. Alguém zangou-se porque era um trabalho para Toda-a-Gente. Toda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria. No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito. Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto funcionário para evitar todos estes problemas...

Com o devido respeito pelos funcionários públicos deste país e porque a razão de ser da sua imagem negativa, em muitos serviços, tem a ver com um sistema que nunca os valorizou, nunca os avaliou, na verdadeira acepção da palavra, nunca os incentivou à qualidade, ao rigor e ao serviço público, nunca promoveu a sua inserção correcta nos serviços com mecanismos de acompanhamento e formação, esta anedota retrata muito do que é o nosso país e o nosso funcionalismo público, as nossas empresas, a nossa política...
Existe realmente uma falta de rigor, de responsabilização, de sentido à causa pública que a todos nos devia envergonhar.
Quando nos dirigimos a um qualquer serviço podemos ver a azáfama de revistas, compras, higiene pessoal e conversas paralelas que em tudo parecem integrar-se num serviço aos cidadãos e que levam a que estejamos largos minutos, ignorados, como se fosse possível um atendimento antes de tais tarefas tão importantes.
O olhar de soslaio transmite-nos uma sensação de que estamos a mendigar um favor e de seguida virá a humildade do pedido, da veneração a um poder que lhes é atribuído pelos impostos de cada um.
Não é posível assistir a isto num país evoluído, não é possível que o estado não transmita aos seus funcionários, que o seu único papel é servir, servir e servir os cidadãos deste país.
Só esta realidade incentiva as cunhas, os favores e a tolerância com procedimentos burocratas, terceiro mundistas e completamente sufocantes do futuro do país. E o país é de todos, os recursos também e quando eles se esgotarem esgotar-se-ão para todos. Vejamos o que está a acontecer e meditemos nas razões!
publicado por politicar às 19:47
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Sexta-feira, 4 de Novembro de 2005

A razão da descrença nos políticos

Deixemos agora um pouco o que aconteceu nas eleições autárquicas até porque já estão marcadas as Presidenciais, essas sim mais imunes a pequenas intrigas e à mesquinhes da politiquice barata e de proximidade.
Aliás prometem ser bastante interessantes, com as figuras que se apresentam à eleição.
E de novo a pergunta que todos colocamos, mesmo que para nós próprios, porque razão existe tamanha descrença na política e nos políticos?
A chave, parece-me a mim, estará na falta de qualidade, de palavra, de honestidade, de empenho, de espírito de serviço público e de seriedade dos que anseiam governar-nos.
Os partidos estão cheios de novos políticos que, como os novos ricos, exigem favores, honrarias, benesses e criam uma rede de influências que minam a democracia, o espírito Republicano e afastam os mais capazes, os competentes e aqueles que, em virtude dessa competência, têm outras formas de ganhar a sua vida e não precisam da política para subsistir.
Diria mesmo que se trata da política do Cuco em que os menos aptos se aproveitam das condições de liberdade e democracia que a muitos custou a vida, para agora os “destronarem” e os impedirem de construir um futuro melhor para Portugal.
Mas o pior é que acontece coisa semelhante à segunda etapa da vida da dita ave, o abandono do “ninho” quando mais nada há em proveito próprio deixando aos resistentes a árdua tarefa da salvação do país.
Não comungo muitas das ideias de Cavaco Silva mas confesso que tinha razão quando referia que era tempo dos políticos competentes expulsarem os incompetentes. Aliás foi isso que aconteceu ao governo que a este antecedeu e ainda bem.
publicado por politicar às 22:10
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Quarta-feira, 2 de Novembro de 2005

Gostei desta...

Só por piada claro mas reflectindo o que muitos portugueses pensarão hoje...

"Votar devia dar direito a recibo e garantia! Se depois as coisas corressem mal, sempre podiamos reclamar a devida devolução do voto"

Fonte: www.sergeicartoons.com

Realmente as contradições entre os programas eleitorais e a prática política são abissais e muitas das vezes os primeiros são tão vagos que nele se enquadram, dependendo da imaginação dos nossos dirigentes, tudo o que uma sociedade humana pode ambicionar.
E todos nós temos a nossa dose de responsabilidade pois, salvo poucas e louváveis excepções, não sancionamos tal prática com o nosso voto.
publicado por politicar às 18:51
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