Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2006
"É preciso que se faça com que a democracia seja mais praticada e adulta. Cada um se manifeste como pode",
Jorge Sampaio
Presidente da República de Portugal
Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2006
Não é uma referência ao livro com o mesmo título, não é sequer uma referência ao tempo que demora a fazer algo de útil na vida.
É tão só o número que, multiplicado por 2 e pelos dias úteis do mês, nos dá, como resultado, o nº de horas aproximado, atribuídas a alguns funcionários públicos para que se desloquem para o local de almoço ou local em que o transporte os recolhe, ao final do dia.
Não é um número significativo. Apenas o equivalente a um dia completo de trabalho em cada mês!
Quem trabalha numa empresa sabe que, quando toca à saída, começa imediatamente a contar a hora de almoço, mesmo que tenha de se deslocar, em meios próprios ou da empresa, para o local de almoço.
Quem trabalha no campo não deixa o labor senão quando ouve a desejada ordem de vamos almoçar e quantas vezes, à chuva ou debaixo de um sol abrasador, se desloca, na sua hora de descanso, para o local de almoço.
Não vos parece razoável?
Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2006
Será este o título de um breve comentário a inserir neste blog pelo que se antecipa o mesmo para aguçar a curiosidade e imaginação do visitante...
Aceitam-se palpites, sabendo, é claro, que não se desviará da tónica habitual do Politicar.
Infelizmente o nosso país não está com os níveis de desenvolvimento que todos almejaríamos e merecíamos mas isso não pode ser a causa de qualquer tipo de inércia social e política.
Todos os órgãos e organismos do Estado devem participar neste desígnio nacional de desenvolvimento estratégico e sustentado do país e para tal terão que abandonar a velha prática de que, estando tudo mal, devemos dar uma mãozinha social ao elevado número de desempregados, dando-lhe a hipótese de ocupar, sublinho, ocupar o seu tempo em organismos da administração local com vista ao aligeiramento de tais problemas.
Ora nunca foi e as práticas anteriores assim o confirmam, boa política.
Com tal solução, mais não se faz do que adiar a resolução dos problemas, dos graves problemas que, sendo nacionais, também são regionais e concelhios, competindo aos órgãos do poder local contribuir para erradicar.
Mais do que quadruplicar o número de funcionários atrás de secretárias vazias de conteúdo e utilidade pública e social devem as autarquias criar oportunidades de emprego, de inovação, de desenvolvimento, de diversificação de ofertas profissionais, de potencialização dos recursos naturais, culturais, humanos e turísticos.
Compete-lhes estabelecer políticas estruturadas, estratégicas e coerentes de aumento da capacidade social de absorver este fenómeno ameaçador que é o desemprego.
Não tenhamos dúvidas que se continuarmos assim, estes cidadãos que, provisoriamente trabalham nas autarquias em frente a secretárias ou a varrer as nossas ruas, continuarão assim por muitos e largos anos com a agravante de estarem progressivamente mais velhos, menos preparados e menos aptos para a concorrência do mercado de trabalho.
Quem perde? Todos nós!