Terça-feira, 16 de Janeiro de 2007

Será mesmo Portugal?

Parece mais um país da América Latina ou outro qualquer em vias de desenvolvimento em que se confunde justiça popular, vingança, tribunais legalmente constituídos, leis e tradição.
Estamos a falar não de nenhum desses países, sem desprestigio, é claro, mas do nosso pequeno Portugal. Pequeno no sentido literal e no sentido de tacanhez , de povo pacóvio que, em pleno século XXI, assiste a um Presidente de Câmara Municipal que não cumpre uma decisão do Tribunal e se arroga o direito de criticar a pessoa a quem este reconhece direitos e, como se não bastasse,  a uma ordem dos médicos que incentiva ao não cumprimento de um despacho publicado em Diário da República por um governo legalmente constituído.

No primeiro, caso o Presidente da autarquia de Pombal, manda efectuar o alargamento de uma via pública em terrenos alheios sem sequer avisar do início de obras, o seu legitimo proprietário. Ao ser dada razão ao mesmo, o Presidente recusa-se a cumprir a ordem do Tribunal. Parece anedota uma vez que, como eleito democraticamente, devia assegurar o cumprimento da lei.

Segundo caso, as insólitas declarações de um organismo que supostamente representa os médicos e é legalmente reconhecido, para que estes não cumpram um despacho que inviabiliza as acumulações de gestão no público e no privado. Claro os médicos não são cidadãos como nós!

Se não fossem os disparates, a que nos habituámos neste país, ficaria surpreendido!

publicado por politicar às 10:34
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Domingo, 7 de Janeiro de 2007

REFLECTIR SOBRE A INÉRCIA DOS SERVIÇOS EM PORTUGAL

Esta transcrição, de parte do livro "As intermitências da morte", de José Saramago, parece-me ser de uma perspicácia tremenda e talvez nos possa ajudar a perceber um pouco porque grassa a burocracia e a inércia, em vez da inovação, nos nossos serviços públicos...

"São estes os perigos do automatismo da prática, da rotina embaladora, da práxis cansada. Uma pessoa (...) vai cumprindo escrupulosamente o seu trabalho, um dia atrás de outro dia, sem problemas, sem dúvidas, pondo toda a sua atenção em seguir as pautas superiormente estabelecidas, e se, ao cabo de algum tempo, ninguém lhe aparece a meter o nariz na maneira como desempenha as suas obrigações, é certo e sabido que essa pessoa (...) acabará por comportar-se, sem que de tal se aperceba, como se fosse rainha e senhora do que faz, e não só isso, também de quando e de como o deve fazer."

 

publicado por politicar às 19:47
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