Na capa do Jornal I de Fim de Semana (9/10 Julho) podemos obter mais um exemplo de coerência dos nossos políticos.
Não está em causa o quanto devemos recriminar as agências de rating, que servem interesses comerciais e políticos que visam o ataque ao euro e ao desenvolvimento da Europa, mas não há dúvida que qualquer pessoa minimamente inteligente (sublinho) percebia que era isto que se passava desde há muito tempo a esta parte.
Um político que deveria ser o garante da nossa República à beira mar plantada deveria ter essa capacidade mais do que nós, ou não?
Há alguns tempos, antes da queda do anterior governo, e não está em causa por agora qualquer defesa do mesmo, um jornalista da nossa praça, José Gomes Ferreira, dizia na SIC coisas deste género, sobre o governo e sobre os cortes de rating, na altura menos gravosos:
"Estes senhores (governo) deviam pedir desculpa"
"Estes ratings dos bancos e da nossa dívida, que estão todos os dias a cair, reflectem o quê? O conhecimento desses investidores dessa realidade" (31-03-2011)
Hoje dizia:
"Nós jornalistas podemos dizer com clareza o que os políticos não podem" (mas só agora José Gomes Ferreira???!!!)
"servem (as agências de rating) o interesse obscuro da América"
"Isto não é uma questão portuguesa"
Passados alguns meses as opiniões mudam, o tom também. Permanecem os duvidosos critérios de análise.
"Peço desculpa (risos) entusiasmei-me!" (palavras de José Gomes Ferreira)
Os políticos que temos são assim:
http://economico.sapo.pt/noticias/parlamento-vai-gastar-1305-milhoes-de-euros-este-ano_121998.html
Destaca-se a rubrica para decoração :-)
Não quero com isto, ter qualquer tipo de discurso contra a política e os políticos, essenciais a qualquer regime democrático que defendo com todas as forças.
Quero apenas partilhar um olhar crítico à qualidade que urge ter nos nossos políticos.
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