Tenho falado, escrito, por vezes vociferado, de que entendo que a política é para as pessoas e não contra as pessoas mas, se fossemos civicamente mais ativos, politicamente mais informados, humanamente mais solidários (não caridosos pois nesse caso a intencionalidade é muito mais castrativa da condição humana), estaríamos há muito a debater o problema da escala em política.
Este aspeto não é, como alguns podem de imediato pensar, incompatível com a primeira afirmação.
Quando falamos em escala podemos abordar duas vertentes, tão antagónicas quanto convergentes, na ameaça à nossa condição humana de liberdade, igualdade e fraternidade...
Se por um lado, a globalização e a expansão do capitalismo desenfreado trouxe a hegemonia dos mercados e formas de governo financeiro, em nada sufragadas pelo poder do voto, por outro, cultivamos a pequenez das autarquias, dos serviços regionais, que de regionais só têm o nome, dos partidos que não se abrem à sociedade e que são sempre dirigidos pelos mesmos, numa teia quase mafiosa e bafienta de interesses, de relações de favor e promoção do pequeno poder e da mediocridade de ideias.
Ambas as situações têm sentidos à escala divergentes mas convergentes nos seus objetivos: empobrecer as pessoas, sonegando informação e liberdade, promovendo a caridade controladora que apenas aumenta esta dependência e amarra as pessoas a uma situação sem retorno para que muito poucos consigam manter e/ou aumentar os seus privilégios.
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