Quinta-feira, 4 de Julho de 2013

Dança de cadeiras

Aproximam-se mais umas eleições, não aquelas que aparentemente a maioria dos portugueses anseia mas outras que do calendário democrático já constam há mais tempo.

As populações vão ser chamadas a escolher os seus representantes, para os parlamentos locais e quem querem ver à frente dos destinos das suas autarquias.

Dos primeiros nunca se ouviu falar que auscultassem o povo, que dinamizassem consultas populares antes de ganharem a quantia inerente a cada senha de presença, num parlamento que tem muitas vezes tanto de ineficiente como de caricato.

Dos segundos, é difícil situá-los, tanto em termos de pensamento político como em termos de postura moral e ética.

A dança de cadeiras é inevitável e constitui um espetáculo deplorável de desrespeito pela democracia e pelos superiores interesses da população.

Passamos de um desejável e constitucionalmente defendido serviço ao povo, para um serviço a interesses instalados, a caciquismos, à promoção pessoal e familiar, que em nada abonam à confiança que todos devemos ter no sistema e pelo qual muitos lutaram anos a fio.

Em Portugal, é difícil ver ex autarcas que voltam a estar integrados na sociedade, na sua antiga profissão e lugar de origem, sim porque autarca não é profissão mas serviço público!

Para contornar a lei da limitação de mandatos, que timidamente os maiores partidos fizeram aprovar cheia de ambiguidades, o poder político preparava-se para aprovar outras estruturas regionais onde esses ex autarcas, humildemente (note-se a ironia), iriam servir mais uma vez o seu país.

O bloqueio dos tribunais, ao que parece um dos poucos garantes atuais da democracia, rejeita esta opção e põe entraves às mudanças de concelhos.

Passemos então à segunda opção em que atuais Presidentes de Câmara passarão a Presidentes de Assembleia e estes a Presidentes de Câmara, do mesmo partido claro!

Poderão ainda ser candidatos a outros lugares elegíveis, como futuros vereadores, mas voltar ao seu antigo lugar, ao seu emprego, isso não! Seria um desprestígio!

Para quem?!

publicado por politicar às 15:35
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