Bastaram algumas horas de chuva intensa e repare-se que intensa não é sinónimo de diluviana, para que Portugal ficasse num arraial de sirenes, meios de socorro, estragos tremendos e, o pior de tudo, a contar algumas mortes.
A assistir a este cenário estava eu, quando me dei a sentir aquela sensação de querer partilhar a minha interpretação do que me parece ser um resultado de incúrias, incompetências e impreparações tais, que mereciam levar a responder perante a Justiça todos aqueles que para ela contribuíram .
Não será até mesmo muito difícil adivinhar a quem me refiro e eis que uma notícia SIC me dava o conforto que os humanos sentem quando não estão sozinhos em presença e pensamento.
O Ministro do Ambiente acusava as autarquias pelas cheias!...
Vejamos:
- as autarquias regem-se por normas técnicas apuradas e rigorosas, fundamentam a decisão em pareceres técnicos e colocam-nos acima de todo e qualquer interesse imobiliário?
- as autarquias desenvolvem um conhecimento aprofundado dos seus territórios, da história dos seus leitos de cheia?
- as autarquias apenas recrutam técnicos e assessores com elevada capacidade técnica e profissional nunca por conhecimento, favor ou factores políticos?
- os decisores autárquicos têm elevados conhecimentos, preparação e sentido de serviço público?
- as autarquias têm a noção estratégica de desenvolvimento local, regional e nacional?
- as autarquias são proactivas em matéria de prevenção e gestão do território?
Não se afigura necessário fazer mais questões... responda a estas e verá quem tem razão!
As chuvadas dos últimos dias inspiraram mais esta reflexão do Politicar...
Pois é, com a pluviosidade dos últimos dias e por ter sido anormalmente elevada, ocorreram, um pouco por todo o território nacional, situações de perigo ou estragos elevados para pessoas, animais e haveres. Tudo isto não seria diferente de outras situações similares se, cada vez mais, não se gerasse uma confusão enorme em volta de tais acontecimentos. E eu não sou daqueles que consideram que a culpa é da visibilidade que lhe é atribuída pela comunicação social, disposta a tudo para encontrar um choro ou uma catástrofe, mesmo que à proporção da nossa ambição nacional.
Pelo contrário acho que a maior responsabilidade devia ser assacada aos políticos que permitem uma pressão imobiliária desenfreada invadindo leitos de cheia, cursos de água e excesso de impermeabilização de solos. Autarquia que se preze não deixa de ter um parque infantil aborrachado ", um jardim calcetado ou uma rua alcatroada em vez de empedrada. Poder central que se preze não deixa de construir uma estrada mesmo que a partir daí a linha do Norte seja destruída duas vezes...
Como se não bastasse a confusão que os rios, fora do seu leito, causaram, veio também a confusão de Rui Rio entre poder autárquico, exercido em nome dos eleitores, e a prepotência de apenas atribuir subsídios , sublinhe-se com o nosso dinheiro, a todos quantos o ousam criticar.
E não querem que eu diga que vai uma grande confusão...
. Cheias e responsabilizaçã...