Nos últimos tempos grande tem sido a preocupação da Igreja Católica sobre como não perder a pouca influência que tem na sociedade e reparem que eu escrevi influência e não privilégios , palavra certamente mais relacionada com tal preocupação.
Bispos que se reúnem para enviar "recados" ao governo de uma nação eleito por votação conforme todos os preceitos democráticos; representantes do Vaticano que, em solo português, aquando das cerimónias de Fátima, tecem considerações de ataque às políticas do nosso país; padres comentadores que questionados sobre a matéria dizem que "a carapuça serve a quem a enfia" ; reacções mais ou menos estrebuchentas sobre as dificuldades que a Igreja tem em fazer valer as aulas de EMRC e a Catequese num ambiente em que é possibilitada a livre escolha a alunos e encarregados de educação como se isso apenas se devesse às políticas de apoio às famílias do governo; reacções de extrema intolerância e arrogância quando o estado chama a si a gestão de instituições em que crianças eram maltratadas por membros da Igreja ou sobre a intenção de terminar com alguns privilégios que esta instituição tem granjeado à custa do dinheiro dos contribuintes.
Enfim tal é o rol de disparates que parece ter distraído os membros desta instituição da sua tarefa fundamental.
Mais acção e menos privilégio trariam certamente muito mais fiéis à Igreja que deveria estar sempre e exclusivamente ao serviço do próximo principalmente quando o próximo é o mais pobre e desacompanhado socialmente.
Talvez uma leitura cuidada da Constituição da República e da Biblia contribuisse...
. Perder privilégios? Nunca...